MIB³ - Crítica Infernal

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Olá Garotinhos e arotinhas juvenis criados a leite com pêra e a ovomaltine bem hoje eu estou aqui para vos falar do que eu achei sobre o filme MIB 3. Pois bem isso é uma crítica para os não entendedores. Lá estava eu no cinema com outros nerds e os fãns de MIB e de ficção cientifica. Sim, pois pra quem não se recorda MIB – Homens de Preto (1997) foi um dos primeiros filmes é mesclar a ficção com a comédia e “catapultando” a carreira do jovem (na época) Will Smith que tinha uma carreira bastante sólida com o seu The Fresh Prince of Bel-Air (ou Um Maluco no Pedaço, no Brasil) e junto com o astro de filmes de ação/faroeste o “veterano” Tommy Lee Jones. 

Foi um sucesso estrondoso. Todos adoraram essa fórmula de comédia e ficção (tanto que foi reprisado 981023809189383918 vezes na Sessão da Tarde). E com esse sucesso repentino sabíamos que teria um segundo e assim veio MIB 2 (2002) mas foi um sucesso/fiasco. Sucesso, pois fez dinheiro ao redor do mundo, fiasco pois o filme é horrível de chato tão chato nem eu me lembro da história desse filme sabe... não foi marcante. Enquanto o original, adaptado da HQ criada porLowell Cunninghame publicada pela Aircel Comics (que depois virou Malibu Comicse recentemente foi comprada pela Marvel), misturava com muito esmero ação, ficção científica e humor, a sequência deixou o roteiro de lado e se focou apenas nos efeitos especiais, limitando-se a reciclar piadas e situações já vistas no filme anterior. 

E Dez anos depois veio ao mundo o fim (será?) dessa triologia dos Homens de Preto. MIB 3 (2012) veio cheio de trejeitos novos, mas ligados ao passado. O bom e velho neurolizador está de volta e com tudo (Se você não sabe o que é um neurolizador por favor se joga!). Mas o caminho da ideia à finalização não foi tão simples. Dizem por aí que o roteiro foi escrito enquanto as filmagens iam acontecendo e que toda a sequência ambientada no passado estava "em branco" e só foi entregue depois de uma pausa na produção. 

Isso explicaria e muito a existência de Griffin (Michael Stuhlbarg), o carismático alienígena que está ali para guiar os protagonistas (e principalmente ao público) na trama, ensinando o básico sobre as viagens no tempo, o que acontece ao se mexer no passado e os presentes alternativos que podem coexistir.  

Tudo começa quando Boris, o Animal (Jemaine Clement) consegue escapar da prisão e sai atrás daquele que o prendeu, K (Tommy Lee Jones). Mas o seu plano não se restringe apenas a vingar os últimos 40 anos e tantos anos em que passou na prisão. Ele decide voltar no tempo para matar o seu captor e ainda impedir que toda a sua raça seja extinta. Ao obter êxito na sua missão, vemos uma realidade que não se lembra mais da existência do agente K e sofre uma invasão alienígena. Cabe então a J (Will Smith) voltar também no tempo e impedir que tudo isso aconteça. Não há grandes novidades, nem conceitos inéditos de viagem no tempo e, como já foi dito, temos o Griffin para esclarecer qualquer outra dúvida que surgir pelo caminho. Entra, então, a grande genialidade do filme: o trabalho do Sr. Rick Baker, que faz aqui um de seus melhores trabalhos até agora. Os monstros estão criativos e perfeitos da concepção à execução. Demorei quase o filme inteiro até lembrar que Boris era o ator deFlight of the Conchords(que disfarça o seu sotaque neozelandês e chega a ser bastante amedrontador). E temos ainda todas as criaturas dos anos 1960, que foram criadas à imagem que se tinha dos aliens daquela época, com aquário na cabeça, cara de peixe, etc. 


Aliás, toda a ambientação no passado é impecável, principalmente o K jovem interpretado por Josh Brolin. É impressionante como ele conseguiu pegar a entonação e os trejeitos do velho Tommy Lee Jones e recriá-las à perfeição, tal qual já havia feito com George W. Bush emW.(2008) e ainda dar um ar bondiano ao personagem. É esta viagem no tempo que traz ao filme um frescor que faltou ao segundo filme. As piadas aqui fluem bem melhor - exceção à do primeiro neurolizador, que depois aprendemos ser desnecessário - e criam situações que fazem a trama andar para frente. E para quem gosta da brincadeira de ficar adivinhando quem é humano e quem é ET, o fim da década de 1960, com os hippies e tudo mais é um prato cheio! E ainda temos Andy Warhol (Bill Hader) e sua Factory fazendo participação especialíssima.  

Mas daí chega a hora do desfecho. E aqui algumas pessoas podem torcer o nariz para o sentimentalismo que eles tentaram dar ao filme, mas a verdade é que é uma saída que faz sentido e ainda homenageia o que foi feito antes. Nada de muito “Nossa que incrível!!!” é um filme básico com as fórmulas antigas, mas que rende uma boa homenagem e além de ser uma boa pedida pro fim de semana.

Em geral de 0 à 10 eu dou um 7.5 pra mim MIB 3 valeu o ingresso da minha sexta feira. Até a próxima crítica.



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