Reajuste salarial para São Longuinho

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Para contextualizar (estou tendo aulas extras de português) segue um pequeno trecho de uma das musicas do Raul Seixas, O dia em que a terra parrou. Mas mudando algumas coisinhas depois, vamos tentar...



[...]E o ladão não saiu para roubar
Pois sabia que não ai ter onde gastar[...]

Lindo esse trecho, mas atualmente seria mais apropriado mudar algumas palavras e reorganizar a ideia, vai um exemplo:

[...]E o ladrão não saiu para roubar
Pois não havia banqueiro para assaltar[...]
E agora? Esse trecho não parasse mais coerente na situação atual de vários bancos brasileiros? A realidade não só atinge os ladrões, mas uma grande parcela de trabalhadores (mesmo os Corinthianos). A minha tia, com seus 72 anos bem vividos, não tem muita familiaridade com a tecnologia, coisa que ela agora será obrigada a enfrentar segunda-feira, graças a "parcela" de trabalhadores grevista. 

O banco lucra cerca 27 bilhões de reais em seis meses, um dos motivos para a greve é o mau pagamento a seus trabalhadores. Mas como alguém quer reivindicar algo que será naturalmente substituído por maquinas? Eles querem ganhar um reajuste de 12% do salario, um bom argumento sustentado por eles é a necessidade dos clientes para prestação de serviço básicos.

O Correios também estava de greve e em Minas os professores... Imagina se todos os serviços básicos comecem a reivindicar reajustes salariais, os santos deverão ser os primeiros e garanto que o líder sindicalista será São Longuinho, pobre coitado só é pago com pequenos pulos em meio as fadigas de um esquecido.